segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Wilbor, o Hamster Aventureiro - Parte 2

Wilbor, depois que abriu a portinha com a ajuda de Mince, saiu de lá e os dois foram correndo pelo chão até se depararem com a escada.
- Hã... Mince...? Como nós vamos subir essa escada enorme?
- É fácil, é só ir pulando e se agarrar no carpete pra ajudar na hora de subir.
- Ok!

Depois de alguns minutos pulando e pulando sem parar, chegaram à entrada do sótão. Mas tinha um - não, dois problemas: a entrada estava fechada, e se eles conseguirem abrir, como vão subir?
- Mince, não tem como abrir isso. Tá lá no teto! - disse Wilbor, triste.
- Ah, querido Wilbor - respondeu Mince -, eu não fui por aí. Nunca fui. Essa escada é inútil. Quando nos mudamos pra cá, fizemos uma toca e roemos o reboco até o sótão.
- E quanto isso demorou? - perguntou Wilbor, surpreso.
- Ah, como éramos muitos - São Francisco abençoe os que morreram envenenados -, conseguimos em poucos dias.
- Nossa... mas esse reboco é muito forte!
- Quando queremos algo, esse algo acontece, caro amigo! Agora vamos!
E então os dois foram subindo pela toca, até chegarem ao sótão.
Como descrever o sótão? Nossa! Era um lugar enorme, provavelmente o maior cômodo da casa. Estava bem empoeirado e sujo, mas havia alguns ratos cuidando desse trabalho. Eles, muito espertos, abriam uma torneira que estava ali e deixavam a água fazer o resto. Depois pegavam uns panos e secavam tudo, cada um puxando um lado.
Mince então guiou Wilbor até uma cadeira estofada e fedida onde estava o chefe da rataria, e pai de Mince.
- Olha só o que temos aqui! Wilbor, quanto tempo meu chapa!
- Oh, olá, Frank! Pois é! Faz mais de ano!
- Papai, acho que Wilbor já está preparado para saber o segredo dessa casa.
- Tem certeza, meu filho?
- Sim, absoluta!
- Ok então. - ele começa: - Wilbor, nossa família vive aqui há gerações e gerações. Os primeiros ratos que viviam aqui inventaram uma lenda de que um roedor que não era de nossa espécie iria achar o queijo-duradouro e...
- Queijo-duradouro? - perguntou Wilbor.
- Quer dizer que você não conhece a história do queijo-duradouro? Então vou lhe contar.
E então ele conta a história de que, há muito tempo, um rato estava cavando nesse terreno onde está atualmente a casa onde Wilbor vive, e depois de horas cavando encontrou um queijo extremamente cheiroso e delicioso (o sortudo conseguiu experimentar!), e o cheiro dizia que ele estava enterrado fazia séculos, mas estava inteiro e novinho. Então o rato o batizou de queijo-duradouro.
Infelizmente ele acabou morrendo envenenado quando o controle de pragas veio matar quaisquer pragas que estivessem no terreno para construírem a casa de Wilbor. Mas antes de morrer ele pediu para que seu amigo enterrasse o queijo no terreno ao lado para que ninguém o pegasse.
- Então... eu preciso pegá-lo e voltar à salvo? - perguntou Wilbor após ouvir atentamente a história.
- Sim! E seu prêmio será metade do queijo só pra você, até o dia de sua morte.
- Me parece justo.
- Espere! Você esqueceu de uma parte, pai - interveio Mince. - Ele precisa tomar muito cuidado, pois o gato Dan ainda vive no terreno, guardando o queijo. Ninguém teve coragem de enfrentá-lo até agora.
- Agora isso não me parece tão justo assim. - disse Wilbor tremendo de medo.
- Ah, Mince! Dan é um gato velho e desengonçado, e Wilbor é ágil e corre que nem um foguete! - interveio Frank.
- Tive uma ideia - disse Wilbor. - Todos nós vamos até Dan. Enquanto vocês o distraem, eu pego o queijo-duradouro, afinal, a lenda diz que outro roedor tem que apenas pegá-lo, e todos nós o levamos em segurança pelo cano externo, depois chegamos na calha, corremos pelo telhado e entramos pela janela do sótão. O que acham?
Mince e Frank se entreolharam, ambos criando um pequeno sorriso.
- Parece que temos um plano formado. Mince, chame toda a rataria! Vamos para a toca de reuniões! - disse finalmente Frank.
- Pode deixar, papai! Vamos Wilbor, você grita melhor do que eu!
E então Wilbor e Mince foram chamar toda a rataria.

FIM DA SEGUNDA PARTE

GLOSSÁRIO
Rataria: substantivo coletivo de ratos.



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