Ah, eu me lembro quando ele trouxe amigos para me ver, e brincaram comigo. Um deles me apertou demais e eu mordi, e então me colocaram de volta na gaiola. Mesmo assim continuei a ganhar comida e água, como sempre. Mas um dia o dono sumiu, será que foi por que eu mordi seu amigo? Mas só fiz isso por que ele me apertou e doeu, tive que avisá-lo que não me sentia confortável nas mãos dele e essa foi a única maneira de fazê-lo me soltar. Nunca mais senti o cheiro do meu dono. Desde então fico aqui no meio destes jornais sujos e dos potes vazios, esperando. Já pensei em dar uma volta na minha rodinha, como sempre fazia, mas não tenho forças. Hoje decidi que não vou mais andar pela gaiola, nem afiar dentes, nada. Ficarei quietinho aqui no meio da gaiola, esperando. Mas ele não volta, a porta do quarto não se abre, as janelas continuam fechadas. Um dia ele aparece. Respiro fundo, me deito e espero.
Fonte: http://petsbr.com/?p=1315
Quando eu li isso, gente, quase chorei. Existe, assim, uma pessoa tão cruel? Sim, existe. E não só um, muitos. Muita gente irresponsável e cruel, que só liga pra si mesmo. Olha, por que, então, essa pessoa foi arranjar um animal? Tipo, "Ah! Como estou feliz! Ganhei um hamster! Vou cuidar muito bem dele.". Pronto. A felicidade chega em casa. E dá comida, e dá carinho, e coloca papel, e vê ele dormir, e não tira o olho do animal. Aí, uns meses ou anos depois... Portas, trancadas. Janelas, fechadas. Calor, frio, sol, chuva. E nada do dono. Isso se repete várias vezes. E nada. É isso que o hamster quer dizer. Que abandono - se me permitem dizer - é a coisa mais estúpida e sem noção que eu já vi. Vocês não sabem o tanto de cachorros de rua eu encontro pelas ruas. Animais atropelados. Urubus rodeando os campos. É horrível. Mas, para dar um ar de coisa boa, vou contar uma coisa que aconteceu (e não sei se ainda acontece) na minha cidade. Minha mãe me levava de casa para o meu inglês, de carro. No caminho pra pegar a minha amiga que sempre vai com a gente, nós víamos uma cadelinha de rua sempre andando pelo mesmo lugar, bem cuidadinha, gordinha, o pelo brilhante. Ela gostava de viver na rua, mas sempre bem cuidada. As pessoas cuidavam dela, davam comida, água, banho. Ela era sempre bem faceira, andando e andando por aí. Era uma figura. Agora... ela não apareceu mais. Será que ela arranjou um dono? Será que... ela se foi? Eu não sei. Mas só sei que o que eles faziam era a coisa mais bonita que eu já vi. Ela tinha liberdade, era feliz. E é isso que eu quero; quero que os donos sigam o exemplo dos moradores da minha cidade. Importando se ela era jaguara ou não, vira-lata ou não, eles gostavam dela. Eles cuidavam dela. Isso é muito lindo.
voce quase eu choro um rio
ResponderExcluirminha mae me abandono nesses dias por que eu qeuria que eu ficasse com o ramster anao russo mas aquela puta vadia nao deixou :sob::sob:
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